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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Impostos Reais para a Fantasia

O Brasil, segundo uma pesquisa inglesa, tem apenas 14% de suas salas de cinema com equipamento digital, frente à média latino americana que é de 20% e os 48% da européia. Aliado a essa realidade há cidades que nem salas de cinema analógicas ou digitais têm, eu morei em algumas delas!
Nesse fato me vem à memória um relato de um amigo que viveu nos internatos religiosos dos idos de 60, aqui no Brasil. Segundo ele, aos domingos havia a grande diversão esperada por todos: o filme, no final manhã, após a missa cantada e o futebol, era o cineminha! Porém o filme, claro passava por um censor que se encarregava de cortar todas as cenas de beijos e presenças femininas dos filmes de faroeste, mas o pior vinha depois, pois o mesmo filme era emprestado para o internato feminino que passava por outra censura que tirava, agora as imagens com homens. Já imaginou um faroeste apenas com cavalos e tiros? Coisas reais de um mundo ainda real. Mas o fato em questão é outro. E o nosso Cinema, ficará na retaguarda?
Com o filme Avatar o cinema brasileiro teve de correr atrás e fazer adaptações, o que gera os tímidos números, já que esse marco do cinema mundial exigia mais tecnologia para sua exibição ser condizente.
Bem, até isso, não há muitos problemas! Já que o filme foi apresentado em 2009, e em dois anos já se pode haver uma grande evolução, mas o problema é o fato de que o que têm barrado essa evolução são exatamente os impostos. Os grandes vilões do desenvolvimento de qualquer nação.
E não seria assim! Os impostos se fossem para resultado de desenvolvimento, poderiam ser altos, para se ter uma base há estados nos EUA que tem 70% de impostos nos ganhos anuais, mas esse valor retorna para os cidadãos; eles não precisam de previdência particular, de saúde privada, as escolas são públicas, ou seja, os impostos são investimentos sociais.
E aqui na terra brasilis? Os nossos impostos alimentam a corrupção, o desperdício e tantas coisas que tiram a qualidade de nosso país. Para se ter um exemplo, quando eu estava ligado a uma ONG no MT, apresentamos um projeto de perfuração de um poço de água potável ao governo, num valor 2/3 menor de uma empresa concorrente, e não precisa dizer quem fez o posso com o três vezes mais tempo que o nosso e ainda com menor eficiência, se for levando em conta quantas as vezes que o motor precisou de reparo na fase inicial de uso. O motivo? Adivinhem!
Nosso país, por meio de todos, precisa sair do mundo passado dos coronéis e das sinhás, tem de dar fim a este longo capítulo. Nossos governantes precisam assumir a responsabilidade de governar e permitir vida digna a todos, e não apenas para os próprios! Uma campanha que acredito que valeria a pena seria a não obrigatoriedade do voto, já pensou? Nossos candidatos sambariam o lerê, hein?
Quem sabe eu apenas esteja escrevendo com uma cabeça de cinéfilo que mistura a arte e a realidade, e esteja sonhando muito, mas mesmo minha imaginação poderia ser num cinema digital, não?
  

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