O Brasil, segundo
uma pesquisa inglesa, tem apenas 14% de suas salas de cinema com equipamento
digital, frente à média latino americana que é de 20% e os 48% da européia.
Aliado a essa realidade há cidades que nem salas de cinema analógicas ou
digitais têm, eu morei em algumas delas!
Nesse fato me vem
à memória um relato de um amigo que viveu nos internatos religiosos dos idos de
60, aqui no Brasil. Segundo ele, aos domingos havia a grande diversão esperada
por todos: o filme, no final manhã, após a missa cantada e o futebol, era o
cineminha! Porém o filme, claro passava por um censor que se encarregava de
cortar todas as cenas de beijos e presenças femininas dos filmes de faroeste, mas o pior vinha depois, pois
o mesmo filme era emprestado para o internato feminino que passava por outra censura
que tirava, agora as imagens com homens. Já imaginou um faroeste apenas com cavalos e tiros? Coisas reais de um mundo ainda
real. Mas o fato em questão é outro. E o nosso Cinema, ficará na retaguarda?
Com o filme
Avatar o cinema brasileiro teve de correr atrás e fazer adaptações, o que gera
os tímidos números, já que esse marco do cinema mundial exigia mais tecnologia
para sua exibição ser condizente.
Bem, até isso,
não há muitos problemas! Já que o filme foi apresentado em 2009, e em dois anos
já se pode haver uma grande evolução, mas o problema é o fato de que o que têm
barrado essa evolução são exatamente os impostos. Os grandes vilões do
desenvolvimento de qualquer nação.
E não seria
assim! Os impostos se fossem para resultado de desenvolvimento, poderiam ser
altos, para se ter uma base há estados nos EUA que tem 70% de impostos nos
ganhos anuais, mas esse valor retorna para os cidadãos; eles não precisam de
previdência particular, de saúde privada, as escolas são públicas, ou seja, os
impostos são investimentos sociais.
E aqui na terra brasilis?
Os nossos impostos alimentam a corrupção, o desperdício e tantas coisas que
tiram a qualidade de nosso país. Para se ter um exemplo, quando eu estava
ligado a uma ONG no MT, apresentamos um projeto de perfuração de um poço de
água potável ao governo, num valor 2/3 menor de uma empresa concorrente, e não
precisa dizer quem fez o posso com o três vezes mais tempo que o nosso e ainda
com menor eficiência, se for levando em conta quantas as vezes que o motor
precisou de reparo na fase inicial de uso. O motivo? Adivinhem!
Nosso país, por
meio de todos, precisa sair do mundo passado dos coronéis e das sinhás, tem de
dar fim a este longo capítulo. Nossos governantes precisam assumir a
responsabilidade de governar e permitir vida digna a todos, e não apenas para
os próprios! Uma campanha que acredito que valeria a pena seria a não
obrigatoriedade do voto, já pensou? Nossos candidatos sambariam o lerê, hein?
Quem sabe eu
apenas esteja escrevendo com uma cabeça de cinéfilo que mistura a arte e a
realidade, e esteja sonhando muito, mas mesmo minha imaginação poderia ser num
cinema digital, não?
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