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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Até tu, Monteiro?


Estamos acompanhando, nos últimos dias, o debate sobre a alegação de racismo nas linhas escritas por Monteiro Lobato. E a audiência de conciliação entre representantes do Ministério da Educação, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e os autores da ação contra o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, terminou sem acordo.
Fiquei pensando sobre isso. Já aconteceu comigo um fato que muito tenho desafeto, quando fui acusado, de modo inverídico, de cometer algo como racismo, pois bem, os fatos não se assemelham, porém quero propor uma reflexão.
Eu não quero aprofundar os detalhes que moveram a Seppir ou os autores, mas lembro-me uma fala da atriz Whoopi Goldberg que disse algo assim: “não sou afrodescendente, sou americana” se referindo que para ser a pessoa que ela é não precisa fundamentar sua história genética, mas que ela faz parte de uma cultura presente em diversas cores de pele. Concordo com essa nova-iorquina, sem que isso pareça desmerecer a luta reivindicatória de um grupo marginalizado por séculos que ainda sofrem com o velamento das ideias desiguais e de supremacia colonial!
O que mais me permite refletir hoje, não é a discussão do tema racial, mas o fato de que é esse o caminho? Porque enquanto há essa preocupação de “processar” Lobato, continuamos a aplaudir novelas que humilham negras como empregadas domésticas, que mostram, em meio a risos, a falta de respeito a mulheres nos transporte públicos, também damos alto índice de audiência a músicas que dizem que a mulher serve para o “fundo” de carros ou troféus em caras camionetes, ou pior ainda, o “machão” caçador que se arma de todo poder econômico para “pegar as mina”!!!
Tenho medo dessas atitudes. Claro que não estou nivelando nenhum dos assuntos, que têm sim sua validade e merecem ser avaliados; o que quero afirmar é sobre o contrassenso e o vale entre as discussões reais e irreais, ou melhor, uteis e inúteis.
Dizer que Pedrinho nutre, pelas palavras de seu autor, preconceito racial é mais que descabido, afinal, pelo que sei, os livros seriam usados em escola, e por isso haveria um educador que estaria extraindo da leitura, junto com os estudantes, as nuanças e sentidos. Lembro bem do meu professor de literatura que “esquartejava” os livros e nos dava chaves de leitura, sentidos e outras coisas além das palavras contidas nas linhas. Seria, em minha opinião, mais sensato uma discussão para tantas outros fomentadores de reflexão, como a imagem das pessoas negras nas novelas, igualmente as mulheres e os homens machistas, o papel sexual das pessoas, ou até a relação entre empregados e patrões, pois acredito que esses espaços influenciam mais que os livros escolares (para minha tristeza).
Por isso, reforço que sou completamente contra a qualquer forma de segregação (racial, sexual, religiosa ou qualquer fonte), mas penso que a leitura de um livro requer, obrigatoriamente, a atualização de informação, não é? Essa obra de Monteiro foi escrita em 1933. E as tais novelas, músicas e programas humorísticos?

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dia do Sexo




Bem, há algum tempo não veio aqui para deixar nada escrito. A correria do dia, as decisões e frustrações deram mais força à preguiça e a ociosidade! Desculpe!

Bem, achei formidável a ideia de escrevera algo hoje no dia 6/9 (!!!), pois é o dia do SEXO.
E não acho formidável porque é O dia em si, pois não é tanto assim. Mas enchi-me de vontade de escrever algo.
Uma pequena nota no meu Facebook (que transcrevo depois) motivou-me ainda mais! Devido a repercussão!
Continuemos.

Sexo é mesmo algo maravilhoso (sempre foi, diga-se de passagem)! Atualmente parece que há ainda mais valor. Certa vez li uma pesquisa (não me lembro a referencia) que dizia que a maioria das vendas de uma banca de revista (acho que 80%) tinha em suas capas a palavra SEXO, não importando se era dos Anjos ou das estrelas (ou nem tanto brilhosas!!). Fiz uma pesquisa certa vez numa ferramenta de busca da internet (para minha monografia de conclusão em Educação Sexual) e de uma lista de 8 palavras colocadas, SEXO apareceu em primeiro lugar em numero de páginas (até dinheiro perdeu!!!!!!!). Até ai nada de novidade, pois a palavra tem muitas conotações e por isso inúmeras variáveis.

Já é um ponto que chama atenção, porém o que mais me chama atenção não é o sexo em si (que é maravilhoso, mesmo quando ruim, como diz uma amiga minha), mas o fato de que ele chama mesmo atenção de qualquer olho ou olhar (dos mais novos aos mais idosos). Ao escrever essa ultima linha já me aparecem milhares de outros temas para mais escrito (deixarei para depois). Voltando há esse dia: 
Diversas vezes fui procurado por adolescentes e jovens (bem jovens) para partilharem as angustias ao redor do sexo (desde relações sexuais até de conflitos nos papeis sexuais) e isso me chamava atenção sempre: Porquê um momento tão cheio de alegria, de prazer, de intimidade causava tanta angustia (estou me pontuando nas relações sexuais e nenhuma das outras designações para sexo)?
Bem não sei a resposta, mas quero dizer o que penso!
A muitos desses jovens disse sobre a necessidade de entender o momento mais que analisar suas consequências (que são muitas e variadas - de boas a péssimas). Entender, para mim é mais que usar a razão, acho necessário usar outros canais como o bom senso, a alegria, o sentido das coisas. Pois se trata de uma coisa tão forte, profunda e cheia de acessórios. E pontuo o que mais me chama atenção que é a sensação que invade o corpo (não apenas o orgasmo em si, mas aquilo que nos faz chorar, sorrir, soluçar, relaxar e tantos outros verbos!)
Intimidade assim não é qualquer coisa -  e nem de longe estou escrevendo sermão, acho que há maneiras mais inimagináveis, para a imaginação, de fazer sexo que devem apenas ter o respeito), mas estar num momento tão sublime não é para qualquer pessoa!. 
Amar e poder expressar com o seu próprio eu (no mais empírico do termo), ou seja, ser amor com vc! Ahhh isso não tem como descrever! Quando eu estou com ela (meu amor, minha paixão, meu...) nada mais existe além de nós ali! Isso é sem descrição! Os sentidos, as vibrações e sensações... tudo vai além de qualquer maneira de pensar ou viver. Enfim, estar com a pessoa amada nesse instante como diz os espiritualista: é um encontro de você fora de si, num outro, fora do outro, como um nós que nunca se viu de outra maneira existisse nesse momento.
Por isso para ser um FELIZ DIA DO SEXO, não se pode viver apenas um dia! Então prefiro que seja FELIZES DIAS ...